Sobre a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)

A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) tem por objetivo reunir, em um só portal de busca, as teses e dissertações defendidas nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa e por brasileiros no exterior. A BDTD utiliza as tecnologias da Open Archives Initiative (OAI), adotando o modelo baseado em padrões de interoperabilidade, consolidada em uma rede distribuída de diversos sistemas de informação que armazenam teses e dissertações em suas bases. Nesse modelo há a presença fundamental de dois atores principais: provedor de dados e o provedor de serviços.

  • Provedor de dados (data providers): administra o depósito expondo os metadados e o texto completo para a coleta automática (harvesting);
  • Provedor de serviços (service providers): fornece serviços de informação com base nos metadados coletados junto aos provedores de dados.
Na BDTD, portanto, as instituições de ensino e pesquisa atuam como provedores de dados e o IBICT opera como agregador ou provedor de serviço, coletando os metadados das teses e dissertações dos sistemas de informação das instituições, fornecendo serviços de informação sobre com nos metadados coletados e os expondo para a coleta automática de outros provedores de serviços.

Conheça a BDTD! Visite, <http://bdtd.ibict.br>.

Breve histórico

A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), concebida no âmbito do Programa da Biblioteca Digital Brasileira (BDB), com apoio da Financiadora de Estudos e Pesquisas (FINEP), teve seu lançamento no final do ano de 2002. Para a definição do projeto da BDTD foi criado, para o seu início, um Comitê Técnico-Consultivo (CTC), instalado em abril de 2002, constituído por representantes do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Educação (MEC) - CAPES e SESU -, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e de três universidades que participaram do projeto-piloto da BDTD (Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)).

Para a realização do projeto da BDTD foram definidas as seguintes linhas de pesquisa e atuação:

  • Estudar experiências existentes, no Brasil e no exterior, de desenvolvimento de bibliotecas digitais de teses e dissertações;
  • Desenvolver, em cooperação com membros da comunidade, um modelo para o sistema;
  • Definir padrões de metadados e tecnologias a serem utilizadas pelo sistema;
  • Absorver e adaptar as tecnologias a serem utilizadas na implementação do modelo;
  • Desenvolver um Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações para atender àquelas instituições brasileiras de ensino e pesquisa que não possuíam sistemas automatizados para o armazenamento, organização, disseminação e preservação de suas teses e dissertações;
  • Difundir os padrões e tecnologias adotadas para o gerenciamento de teses e dissertações e dar assitência técnica aos parceiros da Rede da BDTD.

Desde a sua implantação, o IBICT tem buscado atender as demandas das instituições de ensino e pesquisa e, com isso, a integração dessas na Rede da BDTD.

Padrão Brasileiro de Metadados da BDTD

O Comitê Técnico-Consultivo, no âmbito de sua atribuição, definiu e aprovou o conjunto de metadados a serem utilizados para a descrição das teses e dissertações, o então Padrão Brasileiro de Metadados para Teses e Dissertações (MTD-BR). A utilização do Padrão visava garantir a interoperabilidade entre a BDTD e os demais sistemas de informação de teses e dissertações e também com os padrões de metadados, como o ETD-MS adotado pela Networked Digital Library of Theses and Dissertations (NDLTD). Em 2005, o MTD-BR foi revisto no intuito de melhorar a qualidade e controle sobre o conteúdo coletado. Passou a se denominar MTD2-BR. O MTD2-BR foi definido com um total de 80 campos disponíveis para a descrição das teses e dissertações. Devido a essa extensão de campos para preenchimento, observou-se que diversos metadados coletados apresentavam conteúdo inválidos (campos vazios ou com preenchimento indevido).

Nesse cenário, o IBICT apontou para a necessidade de uma nova atualização do Padrão de Metadados da BDTD. Assim, em 2012, foi dado início a discussão para a revisão e atualização do MTD2-BR. Para esse processo, o IBICT definiu um novo conjunto de metadados, com base nos padrões Dublin Core e o ETD-MS, e o apresentou para 16 instituições participantes da BDTD. Essas instituições, em conjunto com o IBICT, discutiram cada metadado proposto, reformulando a proposta quando necessário. Ao final dessa consulta, o IBICT analisou todas as considerações levantadas e definiu o Novo Padrão Brasileiro de Metadados da BDTD (MTD3-BR).

O MTD3-BR tem, portanto, ao todo 38 metadados, sendo 18 metadados obrigatórios e 20 metadados opcionais. A nova proposta do Padrão Brasileiro de Metadados da BDTD foi desenvolvido com base no esquema de metadados do Dublin Core com adaptações para a realidade brasileira.

Como fazer parte da BDTD

A integração à BDTD não requer das instituições brasileiras de ensino e pesquisa o uso de um software único para o gerenciamento das teses e dissertações. Entretanto, é necessário que o sistema exporte os dados das teses e dissertações no formato XML para que, por meio de um conversor, o IBICT faça a coleta automática (harvesting) dos metadados. Ainda, o sistema pode exportar diretamente os documentos no padrão de metadados definidos pela BDTD, obedecendo o cumprimento de preenchimento, no mínimo, dos campos obrigatórios.

As instituições brasileiras de ensino e pesquisa que desejam fazer parte da BDTD devem seguir alguns procedimentos para que a sua integração seja realizada. Para tanto, devem entrar em contato, por e-mail, com a Equipe BDTD <[email protected]> formalizando a solicitação e o interesse da integração da instituição com a BDTD. Assim, a Equipe BDTD encaminhará as orientações necessárias diretamente para a instituição.

Basicamente são dois processos que a instituição percorre para a integração à BDTD. Esses processos se referem à parte de informação documental e à parte tecnológica. A informação documental diz respeito aos trâmites legais para a integração por meio de um Termo de Adesão e demais questões. A parte tecnológica é referente à definição, configuração e ajustes necessários dos sistemas de informação da instituição para a coleta automática da BDTD.

Entre em contato e saiba mais.

Equipe responsável pela BDTD

Coordenação do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação

Bianca Amaro - Coordenadora do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação

Equipe BDTD