@MASTERSTHESIS{ 2018:366075592, title = {A relação entre o discurso da resiliência e o assédio moral nas organizações.}, year = {2018}, url = "http://tede.unifacs.br/tede/handle/tede/653", abstract = "Este estudo investigou como as empresas estão legitimando o assédio moral por meio do discurso da resiliência. Para fundamentação teórica abordou o conceito de resiliência, de assédio moral e a relação entre os dois temas. Optou-se pelo estudo exploratório, tendo como modelo uma abordagem qualitativa. Foram entrevistados nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2018 dez trabalhadores, sendo sete vítimas de assédio moral e três membros de comissão de investigação. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos através da técnica do snowball (Bola de Neve), tendo como instrumento de coleta entrevista semiestruturada individual, presencial. Os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo. Os resultados revelaram que as empresas discursam que precisam de pessoas resilientes em seu quadro de empregados para superarem as adversidades do mercado, mas na prática querem mesmo empregados permissivos ao enfraquecimento das relações de trabalho, por naturalizarem no seu cotidiano situações de autoritarismo, abuso de poder. Os dados revelaram ainda que mesmo que o indivíduo apresente fatores protetores para superar adversidades organizacionais, ele não consegue se manter resiliente em um contexto de estresse intenso, como o assédio moral pois adoece e sofre abalo psicológico. A pesquisa traz como limitação a abordagem apenas ao assediado, não sendo investigado a percepção do gestor e dos demais componentes do grupo. Como contribuição, foi revelado que o discurso da resiliência nas organizações leva à prática de Assédio Moral no trabalho, uma vez que alguns gestores se beneficiam do indivíduo resiliente para adotarem práticas abusivas nas relações de trabalho, com a anuência deste trabalhador que se obriga a suportar pela obrigatoriedade da resiliência. Ocorre que este empregado não age de forma espontânea pois finge ser resiliente para se manter no ambiente corporativo. Desse modo, infere-se que o conceito de resiliência na Administração não se sustenta nas empresas e precisa ser remodelado ou abandonado. Espera-se que este estudo possa contribuir para que a academia, profissionais de gestão de pessoas, sindicatos e gestores reflitam quanto aos impactos da precarização das relações de trabalho, através de um olhar mais atento ao assédio moral e às suas consequências. Baseados nos dados observados neste estudo, assinala-se a necessidade de outras pesquisas para mensurar resiliência e aprendizagem organizacional.", publisher = {Universidade Salvador}, scholl = {Administração}, note = {Administração} }